Documento do Mês de Agosto
2021 - Documento do Mês de Agosto

Secção 08 – Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos (1825-1855)

D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, 1º Conde de Vila Real (n. 1785/02/09 – f. 1855/09/26)
D. Teresa Frederica Cristina de Sousa Holstein, 1ª Condessa de Vila Real (n. 1786/11/19 – f. 1841/11/29)

Foram senhores da Casa de Mateus e das Capelas de Nossa Senhora dos Prazeres, em Mateus e da Capela de Nossa Senhora da Esperança, na Cumieira, bem como dos Morgadios de Moroleiros, Arroios e Fontelas e de vários prazos, honras e privilégios.

O Príncipe Regente D. João concedeu em Junho de 1811 alvará de licença para que se efectuasse o casamento de D. José Luís de Sousa Botelho Mourão, 1º Conde de Vila Real com D. Teresa de Sousa Holstein, filha de D. Alexandre de Sousa Holstein e de D. Isabel de Sousa Coutinho, tendo-se efectuado o casamento a 27 de Agosto de 1811 em Madrid.

Desta união nasceram cinco filhos: Fernando de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, Pedro de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, Maria Teresa de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, Isabel de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos e Mariana de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos. Conservam-se no Arquivo da Casa de Mateus cartas que os filhos de D. José Luís enviavam ao pai, essencialmente quando este desempenhava funções diplomáticas no estrangeiro.

Além dos cinco filhos que teve de sua mulher, é possível que D. José Luís tenha tido uma filha ilegítima que optou pela vida religiosa, Soror Mariana do Sacramento. No Arquivo da Casa de Mateus conserva-se uma carta que esta lhe terá endereçado para Madrid, além de diversos recibos de pagamento de uma mesada que recebia.

Apesar de ter passado pouco tempo em Mateus teve o cuidado de não descurar a administração da Casa. A ordem em que andava a casa é visível nos livros de contas com os caseiros, livros de cobrança de foros e livros de entrada e saída de todos os géneros que se conservam no Arquivo da Casa de Mateus. Podemos tomar como exemplo os recibos de pagamento da Contribuição Literária, pagos no seu tempo, que nos permitem ter uma noção da produção de vinho e aguardente da Casa e da sua organização administrativa.

Em 1823 D. José Luís foi agraciado com o título de Conde de Vila Real , concedendo-lhe, mais tarde, D. João VI cento e dois mil oitocentos e sessenta e quatro reis de assentamento com o referido título.

Em 31 de Julho de 1828, na qualidade de Brigadeiro dos Reais Exércitos, requereu licença para se ausentar do serviço a fim de se deslocar a Paris para concluir negócios particulares pendentes pela morte de seu pai, D. José Maria de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos.

Em 1846, tal como seu pai fizera, escreveu a seu filho D. Fernando instruções que deveria seguir para a administração da Casa. Entrega a seu filho a administração da Casa, por procuração, recomendando-lhe todo o cuidado com as chapas das estampas de Camões e mais livros, bem como com o Cartório da Casa, com particular atenção para a sua biblioteca: (…) cuidado nos livros e estampas, e a observação pontual da pratica por mim estabelecida de não tirar nenhum livro da livraria sem que se ponha no seu lugar um papel (…). A riqueza da Biblioteca naquele tempo é comprovada pela relação de livros mandada fazer por seu filho D. Fernando, 2º Conde de Vila Real após a morte de seu pai.

  

A Fundação da Casa de Mateus apresenta, no Mês de Agosto, como Documento da Secção 08, a Carta de 16 de Janeiro de 1843, nomeando o Conde de Vila Real Presidente da Câmara dos Pares.

Assinado por D. Maria II e por Costa Cabral.

(No verso o selo branco com as armas reais).

[ref. maço 128 nº 6 vit. 3 – D. Maria II]

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