Na morte de Nuno Júdice

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NOTA DE PESAR | NUNO JÚDICE
17 de Março de 2024

A Diretora-Delegada, Teresa Albuquerque, e a Direção da Fundação da Casa de Mateus manifestam a sua profunda dor pela morte de Nuno Júdice, neste domingo, dia 17 de março de 2024.

Um dos maiores poetas contemporâneos de língua portuguesa, ficcionista e ensaísta de pensamento profundo e singular, Nuno Júdice foi, na companhia inseparável de Manuel Júdice, um verdadeiro cúmplice do trabalho da Fundação da Casa de Mateus ao longo das últimas três décadas. Galardoado com o Prémio D. Diniz em 1990, pela sua obra “As Regras da Perspectiva”, integrou o respetivo júri a partir de 1997 e assumiu a sua presidência em 2016.

Colaborou desde a primeira edição, em 1990, nos Seminários Internacionais de Tradução Coletiva de Poesia Viva, projeto promovido por esta Fundação em conjunto com a Fundação Royaumont e o The Tyrone Guthrie Center, assumindo a sua coordenação e animação desde 1997 até à última edição, realizada em 2019. À semelhança do seu estilo, a cruzar ironia e compaixão numa leitura íntima do mundo, a sua presença na vida da Fundação da Casa de Mateus ao longo destes mais de trinta anos afirma-se muito além destes dados objetivos e perdurará como uma memória impressiva e perene.

Nuno Júdice licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e obteve o grau de Doutor pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com uma dissertação sobre Literatura Medieval.

A sua estreia literária dá-se com A Noção de Poema (1972). Desde então, publicou mais de quatro dezenas de inesquecíveis obras poéticas, dos quais a última é Uma Colheita de Silêncios (2023). Recebeu em 1975, o Prémio de Poesia Pablo Neruda, por O Mecanismo Romântico da Fragmentação, e, desde aí, algumas dezenas das maiores distinções do mundo de línguas latinas, entre as quais de destacam o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1994, por Meditação sobre Ruínas, o XXII Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana (Espanha), em 2013, o Prémio de Poesia Poetas del Mundo Latino Víctor Sandoval (México), em 2014, o Prémio Argana de Poesia (Marrocos), em 2015, ou o Prémio internacional de Poesia Europa in Versi/ Prémio Carreira (Itália), em 2016. Tem obras traduzidas em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra, França, México, Irão, China, Albânia, Suécia, Dinamarca, Grécia, Marrocos, Líbano, Colômbia, Canadá e República Checa.

 

Dirigiu a revista literária Tabacaria (1996-2009), editada pela Casa Fernando Pessoa, foi Comissário para a área da Literatura da representação portuguesa à 49ª Feira do Livro de Frankfurt, Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal (1997-2004) e diretor do Instituto Camões em Paris. Organizou a Semana Europeia da Poesia, no âmbito da Lisboa '94 - Capital Europeia da Cultura. Foi diretor da Revista Colóquio-Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.

No dia 7 de junho de 2013, foi elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, da qual fora agraciado com o grau de Oficial a 10 de junho de 1992.

Na morte de Nuno Júdice

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