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Natural de Lisboa, Paulo Ribeiro iniciou os seus estudos em dança em Bruxelas e começou o seu percurso como bailarino em diversas companhias belgas e francesas. Mas foi enquanto coreógrafo que acabou por desenvolver o seu percurso, estreando-se em 1984, em Paris, no âmbito da companhia Stridanse, da qual foi cofundador. Quatro anos depois, já em Portugal, começou a sua colaboração com a Companhia de Dança de Lisboa e com o Ballet Gulbenkian. A partir de 1991, o seu trabalho coreográfico expandiu-se no plano inter-nacional, com a criação de obras para companhias de renome internacional como Nederlands Dans Theater; Grand Théâtre de Genève; Centre Chorégraphique de Nevers e Ballet de Lorraine.
Com a criação da Companhia Paulo Ribeiro, em 1995, o coreógrafo encontrou o espaço para afirmar a sua própria linguagem e trabalho de autor.
Foi Comissário do ciclo “Dancem”, em 1996 e 1997, no Teatro Nacional São João e, em 1998, assumiu a Direcção-Geral e de Programação do Teatro Viriato, em Viseu. Foi Comissário para a Dança em Coimbra 2003 – Capital Nacional da Cultura. No mesmo ano, recebeu o convite para dirigir o Ballet Gulbenkian, um trabalho pelo qual seria premiado. Em 2006, após a extinção do Ballet Gulbenkian, regressou ao Teatro Viriato, para retomar a direcção.
Em 2014, foi homenageado pela Câmara Municipal de Viseu com a Medalha Municipal de Mérito, pelo seu contributo de reconhecida importância para o concelho de Viseu. Manteve-se no cargo até 2016, data em que saiu para assumir a direcção artística da Companhia Nacional de Bailado, a convite do Ministério da Cultura. Em 2019, lançou o projecto Casa da Dança, em Almada.
Em paralelo, participou como coreógrafo em diversas produções, nomeadamente na ópera, encenando a ópera Três Extravagâncias para a Casa da Música, no âmbito de Capicua 2002, e no cinema, para o filme La Valse, de João Botelho. A par do trabalho de criação, Paulo Ribeiro tem-se dedicado à formação, orientando vários workshops em Portugal e em países por onde a companhia tem passado. Lecciona a disciplina de Composição Coreográfica, no âmbito do mestrado de Criação Coreográfica Contemporânea, promovido pela Escola Superior de Dança, e deu aulas no Conservatório Nacional de Dança.
Em 2022, regressou à direcção artística da sua companhia e, em 2023, inicia um novo capítulo em Cascais, onde a companhia passa a estar sediada, para dar continuidade ao trabalho de pesquisa, de criação, de produção, de difusão e de formação em dança contemporânea.
Paulo Ribeiro assina uma obra plural com mais de 40 criações que tem sido distinguida com diversos prémios nacionais e internacionais de relevo, como o Prémio Acarte/Maria Madalena de Azeredo Perdigão, atribuído em conjunto com Clara Andermatt; o Prix d’Auteur nos V Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine-Saint-Denis (França); o New Coreography Award pelo Bonnie Bird Fund-Laban Centre (Reino Unido); o Prix d’Interpretation Collective pela ADA- MI (França); o Prémio do Público no Dance Week Festival (Croácia); o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa; e o Prémio para Melhor Coreografia pela Sociedade Portuguesa de Autores.
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