Qual o risco real de o país ter grandes secas? O que fazer para contrariar a tendência de desertificação dos solos e o abandono de largas faixas do território? E como é que a agricultura pode ser a solução ou o problema? Como se resolve a “desigualdade” hídrica entre o norte e o sul de Portugal? Devemos criar mais infraestruturas: barragens, transvases, dessalinizadoras, apostar em grandes soluções tecnológicas? E quem deve pagar por isso? Ou devemos apostar em soluções baseadas na natureza? Que relação temos com a água, damos-lhe o valor justo? Há uma cidadania da água que nos falta? Devíamos apostar em envolver os cidadãos nas questões de desenvolvimento sustentável onde a água assume um papel principal? Ou confiar no papel do Estado? E como é que a questão da água está ligada com o modelo de desenvolvimento económico e social que desejamos?

Programa do dia:

1. Previsões sobre os riscos de seca, escassez hídrica

e variações de pluviosidade para este século

2. Papel de novas infraestruturas hidráulicas

3. O plano Água que Une

4. Justiça na distribuição dos recursos

5. Impacto da demografia na gestão da água/ Políticas territoriais

6. A relação entre a agricultura, desertificação e disponibilidade de água

7. A água nas cidades – Estratégias

8. O papel da cidadania e da informação

9. Estamos preparados ou não para os impactos das alterações do ciclo da água

10. O reflexo do modelo económico e social na gestão da água.

11. Comparação com a Europa e o resto do mundo.

Serão ainda apresentadas os livros Água em Portugal - autoria de Rodrigo Proença de Oliveira e Desertificação em Portugal - da autoria de Maria José Roxo.

No final do debate, o Arquitecto Paisagista Luís Guedes de Carvalhoa presenta o Estudo sobre o Aproveitamento do Recurso Hídrico na Casa de Mateus, trabalho de pesquisa que procura compreender o sistema instalado no século XVIII e as transformações que sofreu até aos dias de hoje.