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Em 1577, Cristóvão Álvares e sua mulher D. Maria Gonçalves habitam já este espaço. O cruzamento entre importantes linhagens da região, a progressiva aquisição de terras e a acumulação de património virão a fazer desta uma das famílias mais importantes da Região e da Corte Portuguesa.
Em 1641, o Licenciado António Álvares Coelho institui o Morgadio de Mateus, vinculando-lhe a casa primitiva, a Capela da Nossa Senhora dos Prazeres e Quinta da Porta, situada em Mateus, assegurando assim a unidade e perenidade do Património.
Entretanto, iniciava-se o séc. XVIII e, com ele, o longo e estável reinado de D. João V.
A crescente atividade económica impulsionada pela exploração de recursos naturais vindos do Brasil, e o consequente enriquecimento da Coroa portuguesa foram o caldo de cultura ideal para a irrupção do Barroco enquanto estilo que favorecia a afirmação de poder e estatuto através de uma monumentalidade sólida e festiva.
É neste contexto que António José Botelho Mourão, 3º Morgado de Mateus, decide reconstruir e ampliar o Palácio à imagem do estatuto e da importância que a família havia, entretanto, alcançado.
Nicolau Nasoni, arquiteto e decorador italiano que difundiu o estilo no Porto e no Norte de Portugal, redesenha o edifício original, duplica a sua planta quadrada, adotando a italianizante planta em U, e fá-la atravessar por um eixo longitudinal cuja tradição remonta a Miguel Ângelo.
O esplendor da fachada principal e a riqueza da decoração, composta por cimalhas curvas, frontões, pináculos e estatuária, produzem um contraste feliz com a racionalidade da planta e com o rigor da sua métrica e modulação.
A planta inscreve-se num retângulo e divide-se em dois quadrados vazados ao centro, que criam várias alas e compõem dois pátios ligados entre si. O acesso ao piso nobre faz-se por duplas escadarias que se repetem nas fachadas dos dois pátios, duas a poente e uma a nascente, acentuando a simetria e o movimento barroco de toda a ornamentação.
Coincidindo com a construção do novo palácio, António José pede licença para erguer uma nova Capela, com o fundamento da «maior honra e glória de Deus» e da existência de numerosas relíquias que não tinham lugar condigno na capela existente.
Virá a ser desenhada pelo Mestre José Álvares do Rego, que mantém no exterior a opulência de inspiração nasoniana, mas lhe contrapõe um maior despojamento no interior, contendo o movimento das peças barrocas com um enquadramento de feição mais neo-clássica.
A escadaria situada a nascente da Casa e a latada que prolonga o eixo longitudinal desenhado por Nasoni são os vestígios mais antigos dos jardins originais, que terão sido desenhados por Diogo Álvares Botelho Mourão, o Arcediago de Labruje e irmão de António José.
A Casa era circundada a Norte e a Poente, face à fachada principal, por caminho público, uma das vias que estruturava uma freguesia que, nos finais do séc. XVIII, «tinha 68 fogos e 256 almas, sendo 118 homens e 138 mulheres, entre eles 3 eclesiásticos, 26 lavradores, 20 jornaleiros, 9 criados e 9 criadas».
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