Visita Virtual 03 - Capela
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Capela

A devoção da família manifesta-se logo na instituição do Morgadio, em 1641, através do vínculo da Capela de Nossa Senhora dos Prazeres.

Ao longo do século seguinte, a Capela afirma a sua importância, ao ponto de o padre da freguesia de Mateus anotar nas suas Memórias Paroquiais: «a esta capela acode muita gente de romagem em dia da mesma Senhora por estar nesse dia exposto o corpo de São Marcos mártir, irmão de S. Marcelino e além deste dia em todo o ano sempre concorre gente ainda que com menor frequência».

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Em 1698, o Padre Diogo Álvares Mourão, que ficaria conhecido como Santo Arcediago, parte para o Vaticano apenas um ano depois de ter tomado ordens menores.

Aí, servirá durante vinte anos junto do Cardeal Sacripanti, prefeito das Congregações do Clero e da Propaganda da Fé. Em Roma, reúne e envia para Mateus um conjunto impressionante de relíquias destinadas ao enriquecimento da Capela.

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Entretanto, em 1743, na fase final da construção da Casa, D. António José deposita, junto do Arcebispo de Braga, o pedido de autorização para a edificação de uma nova Capela, «para maior honra e glória de Deus».

Entre muitas outras, podemos admirar fragmentos de ossos de São Sebastião, ou de São Paulo, exibidos em ostensórios de prata fabricados por ourives romanos, ou ainda um importante relicário contendo um manuscrito assinado por Santo Inácio de Loyola, resgatado no Brasil, por D. Luís António, à destruição do espólio da Companhia de Jesus ordenada pelo Marquês de Pombal. Platea dictumst vestibulum rhoncus est pellentesque elit ullamcorper dignissim cras. 

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Esta só não é a peça mais impressionante deste acervo porque, na Capela, podemos encontrar o corpo inteiro de São Marcos Mártir, ricamente vestido no seu traje militar



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Em sintonia com a espiritualidade da época barroca, assistimos a um forte impulso das devoções marianas.

Para além de transportar o culto a Nossa Senhora dos Prazeres para terras brasileiras, D. Luís António era também especialmente devoto a Nossa Senhora do Carmo, de cujo escapulário se fazia sempre acompanhar, para além de dar o nome da sua invocação a ambos os filhos, D. José Maria do Carmo e D. Maria do Carmo.


Particularmente relevante é, também, A Descida da Cruz, baixo relevo da primeira metade do séc. XVI, da autoria de Hans Daucher, escultor e gravador renascentista alemão, a partir de um desenho de Albrecht Dürer, o grande pintor, gravador, matemático e teórico da arte que está na origem do chamado Renascimento nórdico. Outra das peças monumentais é o altar de talha dourada, do séc. XVII, representando uma Sagrada Família ainda de gosto maneirista. Na Sacristia, podemos encontrar ainda um raro conjunto de caixotões pintados com a vida dos Santos e admirar o altar da Capela primitiva.

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A inauguração da nova Capela, em 1759, implicou também a renovação das vestes eclesiásticas e de todas as alfaias que serviam o cerimonial litúrgico que, nos seus dias mais solenes, se rodeava de uma grande intensidade cénica e emocional.

Desse momento especial, conservamos os paramentos executados em Portugal, em cetim bordado e ouro, que terão demorado cerca de oito anos a serem executados e que hoje são utilizados em ocasiões especiais.


Na Capela, estão sepultados D. Luís António, D. José Maria, D. José Luís, o 3º Conde de Vila Real, D. Francisco, 6º Conde de Vila Real, 5º Conde de Melo, 3º Conde de Mangualde e instituidor da Fundação da Casa de Mateus e o seu filho, D. Fernando, 7º Conde de Vila Real, 6º Conde de Melo e 4º Conde de Mangualde.

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