2. Arte na Paisagem

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ARTE NA PAISAGEM

A monumentalidade da arquitetura barroca, o impacto da sua festividade visual e cenográfica, constrói-se também na unidade e complementaridade entre o património construído e a paisagem que o envolve.

Espaço patrimonial organizado em torno de um Solar barroco construído em meados do séc. XVIII, a Casa de Mateus inscreve-se num território de 35 ha. que, para lá dos Jardins Históricos, se prolonga em quinta produtiva. Ao longo dos séculos, essa quinta foi sendo permanentemente reinventada em função das necessidades, das técnicas e das ferramentas que cada geração teve ao seu dispor. No início do séc. XXI, à inevitável atualização de ferramentas e processos determinada pela transição digital e pela emergência da agricultura de precisão, acresce a necessidade de alterar a nossa relação com o planeta, de conhecermos em profundidade o nosso património ambiental e de ensaiarmos formas de o preservar e regenerar. Daqui nasceu, em 2021, o projeto Escola das Transições, instância de reflexão e ação em torno das transições ambiental, digital e energética, ensaiando possibilidades concretas a caminho de uma transição justa, lógica, filosófica, sensível…

Reafirmando as artes e a partilha cultural como forma de interrogação e de construção de novos patrimónios simbólicos, o programa é alimentado pela interseção com um conjunto de artistas e programas que reinterpretam a paisagem e nos fazem olhá-la e conhecê-la de formas inesperadas e produtoras de novos sentidos. Num programa que atravessa as três estações habitáveis no áspero clima trasmontano, a FCM associa-se a um conjunto ímpar de parceiros, cada um deles portador de uma curiosidade artística e projectual singular, para empreender uma releitura das dinâmicas naturais da paisagem e das infinitas releituras que dela podemos fazer, com o corpo, com a escuta, tomando para nós os elementos para reconstruir uma visão estética do mundo.

O programa inicia-se com o projeto Re-En-Cantos de Mateus, em co-criação com a Companhia Paulo Ribeiro. Em 2023, um conjunto de seis bailarinos e seis músicos criam um percurso coreográfico pela paisagem. Em 2024, será a vez de, à CPR, se juntar o cineasta Edgar Pêra para a produção de um filme-dança que registe as interferências criadas entre corpos e paisagem.

Entre Julho e Novembro, será a vez de AnneMarie Maes desenvolver o projecto Laboratório da Forma e da Matéria, instância de descoberta da biodiversidade e das suas infinitas expressões estéticas, num conjunto de residências que se concluirão com a inauguração de uma exposição espalhada pelos espaços da Fundação. Em Outubro, já no Outono, a equipa do projecto IP4, desenvolvido pela Associação Saco Azul, instala-se em Mateus para, com a curadoria de Felícia Teixeira e João Brojo, convidar um conjunto de artistas para criar esculturas sonoras, meios telúricos, ou aéreos, para captar e dar a ouvir as vibrações emanadas pela paisagem. Já a partir de 2022, um artista visual selecionado pela Bienal de Fotografia do Porto, com quem empreendemos a cocriação, acompanhará os trabalhos da Escola das Transições e criará uma exposição/instalação que transportará, em 2025, a paisagem para as salas da Bienal, no Porto. Para interferir com o trabalho de reinterpretação realizado pelo artista visual, a FCM convida um performer a criar uma forma de relação com essa instalação. Em 2024, a instalação será apresentada em Mateus, acompanhada da performance.

2023

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