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Evocar a vida, percurso político e posicionamento ideológico do 1.º conde de Vila Real (1785- 1855), a propósito do bicentenário da outorga do título condal, a 3 de Julho de 2023, constitui uma oportunidade única para desocultar a figura singular de um estadista da história de Portugal. Não única, mas singular, tanto na história moderna (1415-1820), quanto na contemporânea (1820-2023) de Portugal – neste caso, a da monarquia e das três repúblicas. Porquê singular? Por conseguir conciliar o ideário e sistema de crenças que o conde professa, com os ziguezagues de regimes políticos tão diferentes quanto os imperantes entre 1809 e 1855 (monarquia dita absoluta e monarquia constitucional).
De facto, D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, 1.º conde de Vila Real, designado realista moderado por António Ventura em 2000, enfileira, nessa qualidade, com nomes como o 6.º marquês de Marialva (1774-1823), o 1.º conde de Porto Santo (1778-1839), o 2.º visconde de Santarém (1791-1856) e o 6.º duque de Cadaval (1799-1837). Em contraponto com ultrarrealistas (também ditos apostólicos ou esturrados) como o conde de Basto (1749-1833), Luís de Paula Furtado de Castro do Rio de Mendonça (1796-1834), João António Jakou Rebocho (1795-1854) e António Ribeiro Saraiva (1800-1890).
Estudar o 1.º conde de Vila Real constitui, assim, um exercício historiográfico de grande utilidade, em contexto de outros dois bicentenários: o da independência do Brasil (a 7 de Setembro de 2022) e o da contrarrevolução portuguesa da Vilafrancada (27 de Maio de 2023). Na verdade, a micro-realidade dessa existência biológica entrelaça-se com a macro-realidade dos momentos iniciais da contrarrevolução portuguesa, a da Vila-Francada, a qual se estende até 26 de Maio de 1834 (convenção de Évora-Monte).
Entre o 1.º conde, marquês e duque de Palmela (1781-1850) e o 1.º conde de Vila Real (1785- 1855), assim como entre o 6.º duque de Cadaval e o 2.º visconde de Santarém, existem subtis aproximações e afinidades ideológicas, no âmbito de uma direita ora conservadora, ora progressista, ora liberal, ora contrarrevolucionária, quer tradicionalista, quer moderna. Conhecer tais nuances possibilita entender melhor o que aproxima e separa estes quatro nomes maiores da política e da diplomacia portuguesa de 1823 a 1834, que muitos teimam em querer estudar isoladamente, num exercício científico que tem tanto de obstinado, quanto de inútil. A verdade histórica, dos factos e dos documentos, tal como o azeite e a água, acaba sempre por se separar das construções ideológicas e apriorísticas.
O estudo que aqui se explana pretende, desse modo, complementar o que anteriormente foi realizado, no caso dos governos sob D. Miguel, o respectivo pessoal político-diplomático, a impossível convivência política entre miguelistas moderados e exaltados e, sobretudo, elucidar o contributo, para a história das ideias políticas em Portugal, do 1.º conde de Vila Real e do seu posicionamento de juste milieu na política portuguesa da primeira metade de Oitocentos.
Daniel Estudante Protásio
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