Nasceu em Abrantes, a 30 de junho de 1758 e aos 8 anos entra para o Seminário da Patriarcal de Lisboa, onde estuda com João de Sousa Carvalho, o compositor português mais importante da época. Autor de obras sacras de relevada importância, compositor de serenatas de corte na primeira fase do reinado de D. Maria I, até seu impedimento em 1792, pertencente a uma geração de compositores portugueses que só mais recentemente tem chamado a atenção dos musicólogos e teve um papel fundamental no meio musical da corte em Lisboa.

Moreira tornou-se o primeiro diretor musical do novo Teatro de São Carlos, inaugurado em 1793. Compôs um grande número de óperas, a maioria das quais estreadas em Lisboa; grande parte do resto da sua obra é sacra, embora tenha composto também algumas sinfonias. A Sinfonia para a Real Basílica de Mafra, é uma sinfonia para órgão composta especificamente para os seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra.

As suas óperas foram fortemente influenciadas pelo estilo de Giovanni Paisiello e Domenico Cimarosa. Escreveu 16 óperas em italiano e portugués, aliás, depois de António Teixeira, ele foi o primeiro compositor a escrever óperas com texto em portugués. Entre as suas peças notáveis ​​estão Gli Eroi Spartani (1788), A saloia namorada (1793), A vingança da cigana (1794) e L’eroina lusitana (1795).

Gli Eroi Spartani (1788), com música de António Leal Moreira e libreto de Gaetano Martinelli (fl. 1764-1802), foi composta para celebrar o aniversário de Dom José, Príncipe do Brasil (1716-1788) em 1788, a sua partitura conserva-se na Biblioteca da Ajuda. Em 1799, deixou a direção do São Carlos a Marcos Portugal e Francesco Federici. No ano seguinte, contribuiu para a produção de Il disertore francese (1800), apresentada no Teatro Carignano, em Turim, e no Teatro alla Scala, em Milão. Faleceu em Lisboa a 5 de novembro de 1819, com 61 anos.

(Recriação artística, não sobreviveu nenhum retrato original do compositor)