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No sábado, 27 de julho, dedicamos o fim da tarde à obra de Alvaro García de Zúñiga, autor, encenador, realizador e compositor português de origem uruguaia que nos deixou há dez anos.
No sábado, 27 de julho, dedicamos o fim da tarde à obra de Alvaro García de Zúñiga, autor, encenador, realizador e compositor português de origem uruguaia que nos deixou há dez anos.Às 18h30, o actor António Afonso Parra interpreta s/t, peça breve de AGZ, com encenação de Fernando Mora Ramos. Logo depois, inauguramos Paisagem Lúcida, exposição de Miguel Palma, um dos mais importantes artistas visuais portugueses. A finalizar, uma mesa redonda informal com a presença de Manuel Portela, da Universidade de Coimbra, e Rodrigo Magalhães e Rui Maia, da Universidade do Porto. Em discussão, a obra de AGZ e a sua releitura através de diferentes meios e olhares, o conceito de natureza morta e a sua relação com a escrita e a arte contemporânea.
"A forma poética, rítmica, musical porque rítmica, de Álvaro García de Zuñiga, abre as portas à ideia de pensar, melhor, às ideias de pensamento que as ficções que se lhe seguem sugerem e é puro jogo, lúdico à solta numa combinatória frásica que, passo a passo, verso a verso, por efeito de uma variação na repetição, pela negação de um automatismo radical ao engrenar uma palavra inesperada, desencadeia, aleatoriamente, revelações inespera- das: o seu fito, um inesperado imediato. Desse modo a palavra sangra, que tem um significado espacial tipográfico na disposição da mancha na página, tem ecos que nada têm dessa objectividade técnica. E segue. Em Zúñiga, o lúdico tira da cartola rítmica inesperados sentidos, que fazem correr riscos gerando na forma novas possibilidades de imaginar a própria liberdade dos materiais na sua livre relação consonântica e sequencial — a sequência é o ritmo, as palavras notas sonoras, a música uma semântica do desejo."
Fernando Mora Ramos
Alvaro García de Zúñiga é autor de uma obra multiforme e plurilingue que desafia a lei dos géneros. A sua força motriz advém de uma profunda entrega à processualidade da escrita como instrumento de investigação da matéria fonossemântica da linguagem. Esse mergulho no som-sentido carnal da palavra ocorre quer no espaço intralinguístico de uma mesma língua, quer no espaço interlinguístico entre línguas (espanhol, francês). Ao organizarem-se paronomasticamente, isto é, movidos por atractores sintáticos que geram sentidos a partir dos sons, os seus textos desvelam novas paisagens de pensamento e experiência literária. Nesses interstícios categoriais emerge um universo poético de improbabilidades que alarga o campo do dizível, do pensável e do sentível. Dito de outro modo: a sua obra expande a invenção do humano no interior da experiência íntima da linguagem, instanciando graficamente a sua loucura alucinatória.
Manuel Portela
Teatro
s/t
de Alvaro García de Zúñiga
Tradução | Fernando Mora Ramos
Direção | Fernando Mora Ramos
Interpretação | António Afonso Parra
Inauguração da Exposição
Paisagem Lúcida
de Miguel Palma
Mesa Redonda
Manuel Portela, Rodrigo Magalhães, Rui Maia
For more information, contact us through the following e-mail: cultura@casademateus.pt
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