O programa, desenvolvido em três etapas, parte da evidenciação das origens e desenvolvimento do conceito de Natureza Morta, entre o Renascimento e o Barroco, para confluir na discussão contemporânea da paisagem, sua representação, construção e expressão. Em análise, a imagem e as narrativas simbólicas que lhe surgem associadas, a morte da arte, a vida em movimento e a sua relação com a Natureza Morta, a relação com a fotografia e o cinema, os contributos da botânica, da zoologia ou da musicologia.

Pretende-se que os participantes desenvolvam conhecimentos teóricos e práticos nos campos dos Estudos das Belas-Artes e do Património, adquiram competências no âmbito da análise e interpretação da Arte, Paisagem e Território, estejam integrados num contexto de ensino teórico-prático e de proximidade com Coleções, Território, o Património Cultural e a Paisagem, promovam uma análise crítica às políticas de gestão de coleções e do património, estejam atentos para as necessidades de desenvolvimento de projetos em rede e em cooperação institucional.

O programa acompanha as exposições de três artistas visuais contemporâneos que integram a programação da Fundação da Casa de Mateus: Anne Marie Maes, artista multidisciplinar com formação em botânica e antropologia visual cuja prática combina arte e ciência com um interesse particular em ecossistemas e processos alquímicos; Manuel Casimiro, pintor, escultor, fotógrafo, designer e cineasta, inventor de lugares imaginários, autor de Jardim Pintado, jardim de inspiração zen instalado no Parque de Mateus; e Miguel Palma, criador que se apropria das narrativas da modernidade e as submete a uma ironia profunda, convocando conceitos como o progresso, a degenerescência, a velocidade e o fracasso.